simulador de escravo recebe críticas e pedidos de remoção da Play Store

 Mesmo com vários problemas relacionados ao racismo terem ganhado as manchetes dos principais jornais do mundo, um game que simula uma situação de escravidão se tornou o assunto da vez. O jogo, intitulado "Simulador de Escravidão", desenvolvido pela Magnus Games, gerou uma grande polêmica e provocou um debate acalorado sobre a sua permanência nas plataformas de jogos, especialmente na Play Store.

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Título do Google Play gera polêmica e campanha para exclusão

 O jogo mobile, disponível para smartphones, retrata uma realidade histórica marcada pela escravidão, utilizando desenhos de homens negros como escravos trabalhando para um homem branco. 

 O jogador assume o papel de alguém que deve gerenciar seus escravos, modificando suas condições de vida, treinando-os e protegendo-os para evitar fugas e revoltas. Além disso, o jogo incentiva o jogador a fazer negócios, atribuindo escravos a diferentes empresas para gerar renda.

 Lançado em 20 de abril deste ano na Play Store, o "Simulador de Escravidão" já conta com mais de mil downloads. Apesar de possuir uma classificação indicativa livre e exibir anúncios, sua existência desperta grande controvérsia e indignação, uma vez que retrata uma prática abominável e desumana da história.

 A polêmica em torno do jogo aumentou quando diversos órgãos governamentais e alguns deputados começaram a pedir que o Google removesse o título da plataforma. O deputado Orlando Silva, do PC do B-SP, fez uma denúncia afirmando que o jogo continua disponível na loja de aplicativos do Google, mesmo após sua grande repercussão negativa.

 Segundo o deputado, o aplicativo já foi baixado por mais de mil pessoas e realmente simula uma narrativa em que um proprietário de escravos deve desenvolver estratégias para obter lucro e evitar rebeliões e fugas.

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 Orlando Silva descreveu a existência desse jogo como algo "desumano, repugnante e chocante" e considerou-o um crime. Essa denúncia surge poucos dias após a polêmica envolvendo o jogador brasileiro Vini Jr., do Real Madrid, que sofreu atos de racismo por parte de torcedores durante uma partida do campeonato LaLiga, na Espanha. O deputado compartilhou sua posição sobre o assunto em suas redes sociais, chamando a atenção para a gravidade do tema.

 Os desenvolvedores do jogo afirmaram que o aplicativo foi concebido unicamente com o propósito de "entretenimento" e que eles "condenam a escravidão no mundo real"

 No entanto, até o momento desta publicação, o Google não se manifestou sobre o assunto e o jogo não está disponível para download em sua loja de aplicativos, embora em algumas regiões o título não apareça mais nos resultados de pesquisa da plataforma.

 A polêmica gerada pelo "Simulador de Escravidão" destaca a importância de se discutir a representação histórica e cultural em jogos e outros meios de entretenimento.

 Embora alguns argumentem que jogos podem ser uma forma de explorar a história, é necessário considerar a sensibilidade e o respeito às vítimas e herdeiros da escravidão.

 À medida que a controvérsia cresce, espera-se que o Google e outras plataformas de jogos tomem uma posição sobre a permanência do "Simulador de Escravidão" em suas lojas virtuais. 

 A discussão em torno do jogo coloca em evidência a importância da responsabilidade social e da sensibilidade na indústria de jogos, abrindo espaço para reflexões sobre o papel dos games na formação da consciência histórica e cultural da sociedade.

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